Segundo dados do último censo aplicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “ a pedido do governo federal,” temos hoje no Brasil 16,27 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, o que representa 8,5% da população. De acordo com o IBGE, do contingente de brasileiros que vivem em condições de extrema pobreza, 4,8 milhões têm renda nominal mensal domiciliar igual a zero, e 11,43 milhões possuem renda de R$ 1 a R$ 70. Só o Nordeste concentra a maior parte dos extremamente pobres 9,61 milhões de pessoas ou 59,1%. O Estado da Bahia são 2,4 milhões de baianos com rendimento mensal individual inferior a R$ 70, apenas 3 milhões a menos que as pessoas nestas condições em todo o Sudeste. Especificamente na cidade de Cachoeira situada no Recôncavo baiano, interior da Bahia, a uma distância de 110 km da capital Salvador, a situação socioeconômica não se diferencia do restante do país. O indicador, incidência da pobreza - que se trata de uma estimativa do percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza - é retratado pelo IBGE em 41,75%.
É nesse contexto socioeconômico preocupante, de proporções nacionais, que buscamos promover ações de enfrentamento da pobreza através de estratégias e tecnologias sustentáveis, na perspectiva de mudança do atual quadro. Dentre as estratégias largamente discutidas, como meio de erradicar a miséria, a educação, em suas várias esferas, fundamental e média, técnica, superior, e de natureza, ambiental, cidadã e familiar, se constitui indiscutivelmente a maior e mais eficaz, em conjunto com outras medidas. A relevância da educação como meio de promover o desenvolvimento socioeconômico torna-se notório em 1990/2001 quando a Organização das Nações Unidas (ONU) por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD) entende que o os indicados básicos para mensurar o Desenvolvimento Humano são: a educação, longevidade e poder de compra. Partimos do pressuposto de que somente por meio dos estudos uma pessoa pode ter chances para mudar e melhorar sua vida, entender o seu estado, ou seja, entender criticamente a sua própria condição, sair da inércia, assumir uma postura chave, e se organizar como ser produtivo e consciente, é que a Chão de Barro – Empreendedores Sociais busca através da educação no que tange a qualificação profissional inserir os jovens e adultos da cidade de Cachoeira, - lembrando que a pobreza tem alcançado os jovens na faixa etária de 19 anos - , no mercado de trabalho territorial. Participando de todas as fases do processo, identificação do público alvo, qualificação e inserção, contribuindo com a trabalhabilidade e empregabilidades dos envolvidos.